Lula estava certo ao insistir que virou uma ideia — e isso é impossível de encarcerar.
O novo Datafolha mostra que ele continua a figura chave das eleições.
É um testemunho do fracasso da mídia, com um bombardeio cotidiano há anos, e do Judiciário, que, ao mesmo tempo em que põe seus cães no encalço do petista, tenta abrir espaço, inutilmente, para Alckmin.
Lula tem 31%, mais que o dobro de Bolsonaro (15%), três vezes o tamanho de Marina (10%).
Um trecho da análise de Mauro Paulino e Alessandro Janoni na Folha ainda afirma o seguinte:
Além disso, o potencial do ex-presidente como cabo eleitoral oscila positivamente, e a rejeição à sua candidatura, ao invés de crescer com sua prisão, cai quatro pontos percentuais.
A hipótese fica ainda mais clara quando se vê que, apesar de 62% acreditarem que o petista acabará fora da eleição, apenas metade dos eleitores quer que isso aconteça de fato. A outra metade da população gostaria que Lula fosse incluído na disputa.
Como lembra um amigo, dois terços dos seus eleitores votam em quem ele mandar. Dez por cento talvez o façam.
Nenhum candidato atinge, sem ele no páreo, mais que 17%.
“Lula é o grande jogador das eleições. E vai definir a disputa”, diz o amigo.
No plano A, Lula prossegue candidato do PT até 17 de setembro, prazo máximo para inscrição de outro nome pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Então será conhecido seu ungido (ou sua).
À esquerda e ao centro democrático, quem quiser triunfar precisará de sua bênção.
Para desespero das inimigas, as cartas continuarão sendo dadas pelo prisioneiro mais famoso da Superintendência da PF em Curitiba, que acorda com um sonoro “bom dia” de seus seguidores.
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