Datafolha: nem entre seu fã-clube no Twitter Bolsonaro tem a aprovação que imagina. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 9 de abril de 2019 às 8:28
Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/Instagram

Você paga um salário de R$ R$ 30.934,70 para Bolsonaro ser presidente do Twitter do Brasil.

Ali, pelo menos, ele faz sucesso e por isso o sujeito vive no celular com o Carluxo.

No Datafolha, o resultado medíocre de cem dias de gestão foi o seguinte: 32% dizem que o governo é ótimo/bom, 33%, regular, e 30%, ruim/péssimo.

Entre seus seguidores nas redes, porém, a aprovação do cidadão vai a 62%. Essa taxa é de 23% na multidão que não o acompanha.

Bolsonaro e seus filhos pregam para convertidos.

A família tornou-se refém do monstro que criou na internet.

Confunde opinião pública com o bando de hienas histéricas que ainda são leais ao mito e para as quais qualquer mamadeira de piroca é consolo.

No mundo real — que pode ser aferido, inclusive, por pesquisas –, as notícias são péssimas.

O mercado jogou a toalha. A economia permanece estagnada. Temos o segundo ministro demitido em três meses.

O general Mourão vai cavando seu lugar e promete ser um paraquedas (“Tô com ele e não abro”).

Em sua cegueira patológica, Bolsonaro acha que está tudo lindo.

O mentor dessa “estratégia”, Carlos, merecia promoção.

“Ah, o pitbull? Tá atrapalhando o quê? Não me atrapalhou em nada. Acho até que devia ter um cargo de ministro”, diz Jair.

“Ele que me botou aqui. Foi realmente a mídia dele que me botou aqui.”

Bolsonaro vai cair, mas aprovado por 100% entre a canalha que o segue no Twitter.

Kiko Nogueira
Diretor do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.