O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), conquistou uma recuperação significativa entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro (PL) em 2022, alcançando um empate técnico com o influenciador Pablo Marçal (PRTB). Segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12), Nunes alcançou 39% das intenções de voto nesse grupo, enquanto Marçal possui 42%, dentro da margem de erro de cinco pontos percentuais.
Na semana anterior, o coach havia liderado com 48%, enquanto o prefeito tinha apenas 31%, evidenciando a mudança de cenário entre o eleitorado bolsonarista. Um dos fatores que podem ter contribuído para essa virada foi a participação de Nunes no ato bolsonarista de 7 de setembro, enquanto Marçal foi criticado publicamente pelo ex-presidente por ter chegado ao evento apenas no final.
A pesquisa Datafolha também revelou que, no panorama geral, o emedebista lidera com 27% das intenções de voto, seguido de Guilherme Boulos (PSOL) com 25% e o candidato do PRTB com 19%. Esse cenário indica um crescimento tanto de Nunes quanto de Boulos em relação à última semana, quando os dois candidatos estavam tecnicamente empatados com 22% e 23%, respectivamente.
Entre os eleitores de Lula (PT), Boulos continua a liderar com folga, subindo de 43% para 48% neste grupo. No entanto, o candidato do MDB também conseguiu captar parte desse eleitorado, com 19% das intenções de voto, seguido por Tabata Amaral (PSB) com 11% e José Luiz Datena (PSDB) com 6%. O coach bolsonarista, por sua vez, registra 5% nesse segmento.
A campanha do prefeito vem sendo reforçada pelo apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que intensificou sua presença nas propagandas de Nunes na TV. O governador tem sido um importante cabo eleitoral do emedebista, apresentando-o como a escolha mais segura para os eleitores conservadores, ao passo que descreve o voto em Marçal como um risco.
Tarcísio também ofereceu ajuda para atual prefeito superar o influenciador numericamente entre os eleitores que votaram nele em 2022, com o candidato à reeleição marcando 42%, ante 36% de Marçal.
Apesar dos esforços, Bolsonaro ainda não gravou peças de campanha com o político do MDB, mas aliados do ex-presidente afirmam que ele tem demonstrado decepção com o candidato do PRTB, o que pode ter contribuído para a perda de apoio do influenciador.
Por outro lado, Marçal tem enfrentado uma série de ataques de seus adversários. As campanhas de Boulos, Nunes e Tabata Amaral vêm explorando um episódio de 2010, no qual ele foi condenado por furto qualificado, além de reportagens que sugerem supostos vínculos de membros de seu partido com o PCC.
A pesquisa Datafolha entrevistou 1.204 eleitores pessoalmente em São Paulo entre os dias 10 e 12 de setembro, com uma margem de erro geral de três pontos percentuais.
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