DCM Ao Meio-Dia: Ailton Krenak fala sobre o marco temporal; Sérgio Camargo preso amanhã

Atualizado em 30 de agosto de 2021 às 12:21
Índígenas se mobilizam em Brasília desde segunda (23) para dizer ‘não’ à tese do marco temporal, em julgamento no Supremo – Foto: Apib/Divulgação

Ailton Krenak é assunto com os indígenas. AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias. Entrevista com Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista e escritor.

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Indígenas acampados

Os representantes de 176 povos indígenas que estão reunidos em Brasília (DF) desde a última segunda (23) decidiram permanecer na cidade, em vigília, até a próxima quinta-feira (2).

A decisão foi tomada após plenária do acampamento “Luta Pela Vida”, onde as lideranças populares estão reunidas para acompanhar de perto o julgamento do processo que trata da tese do “marco temporal”.

“Confiamos que a Suprema Corte irá sacramentar o nosso direito originário à terra”.

Ao todo, ficarão na cidade cerca de mil representantes dos 6 mil que foram a Brasília para a mobilização. Em acordo com o governo do Distrito Federal, ficou decidido que os manifestantes mudariam o local do acampamento, que a partir de agora será na Funarte, a cerca de 5 km da sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

O caso começou a ser avaliado pela Corte na última quinta (26), mas o julgamento foi suspenso e deve seguir na quarta-feira (1º). Motivo pelo qual os indígenas decidiram continuar a mobilização.

A vigília dos povos também terá sequência nos diversos pontos do país onde as comunidades lutam contra o marco temporal.

Em carta pública divulgada neste sábado (28), as lideranças evocam a ancestralidade que é marca da cultura dos povos tradicionais. Também reforçam o combate ao marco temporal e dizem confiar nos rumos a serem dados pelos ministros do STF ao caso.

“Confiamos que a Suprema Corte irá sacramentar o nosso direito originário à terra, que independe de uma data específica de comprovação da ocupação, conforme defendem os invasores”, diz o documento, que está disponível para consulta.

Depois do dia 2, os mobilizadores que estão em Brasília deverão se somar à Segunda Marcha das Mulheres Indígenas. Ocorre entre os dias 7 e 11 de setembro, também na capital federal.

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