
Datafolha é assunto. AO VIVO. Pedro Zambarda e Cassio Oliveira fazem o giro de notícias e conversam com o sociólogo Rudá Ricci. Veja o DCMTV.
Da revista Veja: A nova pesquisa Datafolha, que será divulgada nesta quinta-feira, tem tudo para alimentar a ansiedade das principais campanhas presidenciais. Mas é sem dúvida no time do presidente Jair Bolsonaro que os ânimos estão mais acirrados. Por trás do clima de apreensão, está a enxurrada de más notícias que o governo recebeu nos últimos dias, combinada à frustração das previsões feitas meses atrás pelos aliados do presidente.
Comemorada aos quatro ventos pelos petistas, a última pesquisa feita pelo instituto já vinha sendo alvo de uma campanha de descrédito por parte de bolsonaristas, depois de apontar 21 pontos de frente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Bolsonaro. No último levantamento, Lula tinha 48% e Bolsonaro 27%. Ciro Gomes vinha em seguida com 7%, à frente de André Janones e Simone Tebet, com 2% cada.
A tendência, hoje, é que a retórica bolsonarista contra o instituto ganhe em força e agressividade. O Datafolha foi a campo em meio à repercussão das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na Amazônia. As intenções de voto foram medidas no mesmo dia da prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, por conta da farra dos pastores evangélicos no MEC. Sem contar que a pesquisa considera um período marcado por um novo aumento no preço dos combustíveis.
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Datafolha e Bolsonaro
Como se não bastasse essa lista, os números registrados até agora estão muito distantes do que imaginava o time do presidente lá atrás. Quando Bolsonaro começou a ensaiar uma retomada nas pesquisas, integrantes da campanha passaram a projetar que ele chegaria ao meio do ano próximo de Lula nos levantamentos. A ideia era ultrapassá-lo no início do segundo semestre. E tinha gente perto de Bolsonaro que falava até em vitória no primeiro turno.
Ainda assim, o PT olha com atenção para a pesquisa. O partido comemora a dianteira e avalia que uma ampla vantagem pode ajudar Lula na tarefa de se firmar junto ao eleitor do centro. Mas há na campanha quem defenda que é preciso laçar os que rejeitam Bolsonaro antes que olhem com atenção para outra candidatura. Como, por exemplo, a da senadora Simone Tebet (MDB).