DCM Café da Manhã. Com Bolsonaro, militares fazem orgia com dinheiro público

A conversa a escalada de violência no campo; o cerco aos ianomâmis, pelo garimpo ilegal; o escândalo do viagra e a decadência das Forças Armadas; e a corrupção generalizada, no governo Bolsonaro.

Atualizado em 12 de abril de 2022 às 9:58
DCM café da manhã, governo bolsonaro e terras indígenas
DCM café da manhã
Foto: DCM

Governo Bolsonaro é assunto. AO VIVO. Café da Manhã do DCM com a filósofa e escritora Márcia Tiburi, uma das mais importantes vozes da luta antifascista do País, e a estudante de história Laura Sabino, youtuber e influenciadora digital marxista.

A conversa a escalada de violência no campo; o cerco aos ianomâmis, pelo garimpo ilegal; o escândalo do viagra e a decadência das Forças Armadas; e a corrupção generalizada, no governo Bolsonaro. Logo após, às 10h30 segue o Café da Manhã com Renzo Mora e Fabrício Rinaldi. Moderação: Maria Fernanda Passos

Garimpo ilegal apoiado por governo Bolsonaro ameaça terras de povos indígenas no Brasil

Indigenas protestam contra garimpo apoiado por governo Bolsonaro
Indigenas protestam contra garimpo em Brasilia Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (11), aproximadamente de 4 mil indígenas marcharam em Brasília (DF). O protesto é contra o Projeto de Lei (PL) 191/2020, que autoriza mineração e garimpo em territórios tradicionais.

Os manifestantes saíram da região central de Brasília onde está, desde o último dia 4, o Acampamento Terra Livre, e seguiram até o Congresso Nacional, caminhando por cerca de quatro quilômetros. O ponto alto da marcha se deu em frente à sede do Ministério das Minas e Energia, onde os indígenas abriram uma enorme bandeira de protesto contra o garimpo.

Lideranças indígenas afirmam que a aprovação do PL 191/2020 traria um efeito devastador nas áreas tradicionais. Potencialmente contaminantes, as atividades do garimpo, por exemplo, podem comprometer os territórios com a poluição de rios e cursos d’água e devastação das matas.

Segundo relatório “Yanomami sob Ataque!”, preparado pela Hutukara Associação Yanomami, com apoio do Instituto Socioambiental (ISA), o garimpo na Terra Indígena Yanomami cresceu 46% em 2021, depois de já ter aumentado 30% no ano anterior, em um avanço desordenado que leva à criação de vilas inteiras, mercados, pousadas e internet, e traz destruição, doenças e violência para dentro da maior terra indígena do país.

Entre 2016 e 2020 o ataque à terra indígena teve um aumento de 3.350% nos registros de operações ilegais em apenas quatro anos, seguindo a crise orçamentária e de desinteresse na proteção das terras indígenas que deixou agências ambientais sem recursos e sem pessoal e enfraqueceu os postos de atendimento aos indígenas dentro das terras yanomami.

O relatório, que mostra fotos aéreas e de satélites das ocupações, aponta que 273 das 350 comunidades indígenas e 16 mil indivíduos dentro das terra yanomami são afetadas pela invasão do garimpos.