DCM Retrospectiva 2013: Miley Cirrus, a linguaruda do ano

Atualizado em 24 de outubro de 2014 às 16:04

miley

A Hannah Montana morreu, evaporou, desapareceu, e deu lugar a uma mulher sexualmente emancipada. Ou pelo menos foi essa mensagem que a cantora Miley Cirrus tentou passar nos discos e clipes que lançou em 2013.

Ainda que não tenha conseguido deixar exatamente essa (ou só essa) mensagem, a diva teen se tornou uma das grandes personalidades do ano, e parece ter motivos para estar feliz com isso. Seu último álbum, “Bangerz” (em português, “Vadioz”, entre outras interpretações possíveis) ficou em primeiro lugar em diversas paradas pelo mundo, e seus singles somam mais de meio bilhão de visualizações no Youtube.

Depois da célebre apresentação durante o VMA, premiação da MTV americana em que a moça fez um lap dance vertical no rapper Robin Thicke, ela finalmente conseguiu colocar sob os holofotes essa nova atitude. “Queria fazer história”, disse. Tudo bem que a Madonna beijou a Britney Spears há 10 anos, Diana Ross buzinou no seio esquerdo de Lil’ Kim há 15 anos, o Nirvana tocou uma música que não tinha sido combinada há 20 anos. Mas ela quer fazer história mostrando a língua. Bem, com um empurrão de toda a controvérsia criada, ela até que fez história mesmo – será mais lembrada por isso, afinal, do que por grande parte da sua obra.

Pouco depois dessa apresentação, a agora loira de cabelos curtos lançou um vídeo-clipe em que lambe um martelo – porquê é isso que a gente faz com martelos antes de usar – e disse que parte dele era inspirado no histórico vídeo de Sinnead O’Connor, da música “Nothing Compares 2 U”, uma regravação de Prince.

Titia Sinnead, então, deu uma merecida bronca na adolescente. Só não colocou a menina no colo e bateu na bunda porque Miley tem uma bundinha pequena e poderia acabar, tragicamente, sem bunda. “Não se prostitua para essa indústria, mocinha”. Bem, titia Sinnead recebeu um rápido (e também merecido) desdém da diva adolescente.

Afinal, cada um vende o que é seu, não é mesmo?