O pronunciamento de Hillary Clinton, reconhecendo a vitória de seu adversário nas eleições dos EUA, poderia muito bem ser direcionado a Aécio Neves.
Não que adiantasse alguma coisa, dada a vocação do mineiro para a desestabilização e a virada de mesa.
“Espero que seja um presidente bem-sucedido para todos os americanos”, falou Hillary. “Devemos aceitar o resultado e olhar para o futuro”.
Ainda lembrou que o país “sai profundamente dividido de uma eleição disputadíssima” e se ofereceu para “ajudar no que for preciso para garantir uma transição pacífica”.
Hillary se sentia orgulhosa e grata por sua “maravilhosa campanha”.
Pediu que seus conterrâneos aceitem as urnas. “Donald Trump vai ser nosso presidente. Nós devemos a ele uma cabeça aberta e uma chance para liderar. Nossa democracia constitucional garante a transferência de poder em paz. Nós valorizamos isso”, disse.
Detalhe: lá, ao contrário de cá, Donald Trump teve menos votos do que ela. O placar é de 59,18 milhões contra 59,04 milhões.
No sistema eleitoral americano, o republicano levou a melhor garantindo os estados da Flórida, Pensilvânia e Ohio. Depois de uma campanha assassina, com uma nação traumatizada, ninguém ousou tocar no assunto impeachment.
Trump é capaz de tudo. Mas os Estados Unidos são afortunados por não terem democratas como Aécio Neves.