De “juiz ladrão” a “capanga de miliciano”: a arte de Glauber Braga de reduzir Moro a traque. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 12 de fevereiro de 2020 às 18:01
Moro enquanto era chamado de “capanga de miliciano” por Glauber Braga

Há homens que crescem quanto maiores são os adversários. Há os que diminuem.

O deputado federal Glauber Braga, do PSOL-RF, faz parte do primeiro time.

Diante de Sergio Moro e seu queixo mussoliniano, sua postura olímpica, sua arrogância, Glauber vai para cima sem medo de ser feliz.

É como se ele enxergasse através do ministro da Justiça, diretamente na alma do maringaense, vendo o juiz de província que nunca deixou de ser.

Nesta quarta, dia 12, os dois se encontraram em audiência pública na Câmara sobre a prisão em segunda instância.

Com a fala cadenciada, voando como um pato, Glauber acusou o sujeito diante dele de ser “capanga da milícia”, “blindador” da família Bolsonaro, “lobo em pelo de cordeiro” etc.

Foi interrompido pelo Delegado Éder Mauro, um tipo sinistro (que mais tarde o ameaçaria abertamente).

Seguiu adiante, desferindo jabs e cruzados no oponente.

A cara de Sergio Moro, enquanto era sovado, é prova do estrago. O máximo que conseguiu, no chão, foi acusar o outro de “ser desqualificado para o cargo”.

Glauber já tinha pespegado em SM o epíteto de “juiz ladrão”. Agora se superou.

Float like a butterfly, sting like a bee. Impávido quem nem Muhammad Ali, tranqüilo e infalível como Bruce Lee. 

Glauber Braga é o futuro da esquerda.