De onde Ciro Gomes tirou o apelido de “Libélula Deslumbrada” para Carlos Bolsonaro. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 23 de fevereiro de 2020 às 22:06

Ciro Gomes deu uma cacetada em Carlos Bolsonaro chamando-o por um apelido curioso.

“Libélula deslumbrada, nós aqui no Ceará somos e seremos o pior pesadelo de sua família de canalhas, milicianos e peculatários corruptos”, escreveu no Twitter.

“Libélula Deslumbrada” é algo que Ciro foi buscar em sua infância, provavelmente.

Era o nome da fantasia usada por Carlos Imperial (1935-1992) no concurso do Teatro Municipal do Rio de Janeiro no Carnaval de 1970.

Imperial tinha uma rivalidade forjada com o célebre Clóvis Bornay, provavelmente o maior carnavalesco de todo os tempos.

É um tipo que não existe mais: compositor, produtor, ator, apresentador de programa de calouro, colunista de jornal.

Talvez “agitador cultural” seja uma tradução para os dias de hoje. Talvez.

Lançou — ou pelo menos é um dos responsáveis pelo lançamento — nomes como Roberto Carlos, Erasmo, Elis Regina, Tim Maia, Simonal, Clara Nunes.

É autor de hits como “Vem quente que eu estou fervendo”, “Mamãe passou açúcar em mim”, “Nem Vem que Não Tem”, entre outras. Apropriou-se de canções de domínio público.

Cafajeste profissional, difamador, chegou a ser preso num caso de corrupção de menores. Suas namoradas eram denominadas “lebres”.

Um tremendo mau caráter, que se auto descrevia como “rei da pilantragem” — mas que não merecia estar colado a gente da laia dos Bolsonaros.

Carlos Imperial em sua fantasia de “Libélula Deslumbrada”