De quatro, Bolsonaro manda carta a Biden citando a ONU e prometendo cuidar da Amazônia e do clima

Atualizado em 20 de janeiro de 2021 às 18:41
Bolsonaro, batendo continência para a bandeira dos EUA, lidera o ataque ao Brasil

Pense numa carta constrangedora de um sabujo para o novo chefe.

Agora imagine-a escrita por um analfabeto funcional. Eis o que Jair Bolsonaro perpetrou.

Depois da demora para aceitar a vitória de Joe Biden sobre seu ídolo Trump nos EUA, Bolsonaro resolveu cumprimentar o novo presidente dos EUA hoje mesmo, dia da posse.

Mandou-lhe uma carta inacreditável, mesmo para seus padrões de delinquencia mental e moral.

Meio ambiente, ONU, espaços multilaterais, democracia. A mudança de tom é drástica e mais falsa que as unhas de Lady Gaga.

“Sou de longa data admirador dos Estados Unidos e, desde que assumi, passei a corrigir equívocos de governos brasileiros anteriores, que afastaram o Brasil dos EUA”, escreve.

Aproveita para avisar que está disposto a cuidar de um “desenvolvimento sustentável” e de proteger a Amazônia.

Ora.

Ele sabe que Biden vai lhe cobrar que tome medidas no sentido de interromper o ciclo de desmatamento brutal iniciado por Ricardo Salles.

Bolsonaro deixou o país de joelhos com a dependência de China e Índia para a vacina.

Com a “América”, segue na posição de sempre: de quatro. Apenas troca Trump pelo velho Joe.