Após quase duas semanas sem debates, os candidatos à Prefeitura de São Paulo voltam a se enfrentar na TV Cultura neste domingo (15) em um novo formato. Como aponta a Folha de S.Paulo, as regras visam evitar confusões e manter a ordem: o debate será realizado sem plateia, cada candidato poderá ter três assessores, mas apenas um terá acesso ao palco. Além disso, é proibido usar celulares, bonés, exibir objetos ou falar palavrões, e haverá sanções para infrações, incluindo advertências e até expulsão após a terceira infração.
A última pesquisa Datafolha posiciona Ricardo Nunes (MDB) à frente com 27% das intenções de voto, seguido por Guilherme Boulos (PSOL) com 25%. Nunes adotará uma postura mais serena, evitando ataques diretos, enquanto Boulos usará o debate para criticar Nunes e Pablo Marçal (PRTB), que caiu para a terceira posição com 19% e enfrenta alta rejeição, com 44%.
Marçal, que não tem horário eleitoral na TV e recuou nas pesquisas, promete adotar uma postura ainda mais agressiva do que as já vistas nos debates anteriores, para reverter sua tendência de queda. Tabata Amaral (PSB), com 8% das intenções, buscará recuperar terreno adotando uma postura combativa. Datena, em quinto lugar, focará em suas propostas para a população de baixa renda e tentará evitar conflitos, apesar de ter sido envolvido em controvérsias anteriormente.
O debate também será uma oportunidade para ajustar a dinâmica eleitoral. A decisão de banir a plateia e estabelecer regras rigorosas surgiu após pedidos de campanhas adversárias de Marçal, que alegaram que ele usava os debates para autopromoção nas redes sociais e para criar confusão. As novas regras visam evitar que o debate se transforme em um palco para tais táticas e promovam uma discussão mais equilibrada entre os candidatos.