Defesa de Bolsonaro diz que saque de R$ 644 mil para pagamentos foi realizado por “segurança”

Atualizado em 15 de maio de 2023 às 23:18
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (15) que os pagamentos em dinheiro vivo foram realizados por razões de segurança. Com informações do O GLOBO.

De acordo com uma planilha divulgada pela equipe que auxilia o ex-presidente, seus assessores sacaram cerca de R$ 644 mil em quatro anos, o equivalente a R$ 13 mil por mês. Os valores foram sacados da conta pessoal de Bolsonaro, segundo seus advogados.

Segundo reportagem do portal UOL, a Polícia Federal (PF) identificou diálogos entre o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e assessoras de Michelle Bolsonaro sobre saques para o pagamento de despesas da então primeira-dama.

“Essa maneira de atuação perdurou durante todo o governo. Havia uma contínua preocupação com fraude na conta do presidente, com depósitos escusos, para protegê-lo de fraudes bancárias”, alegou Fabio Wajngarten, assessor do ex-mandatário.

“Havendo CNPJ, eram pagos os boletos diretamente, saídos da conta do presidente. Uma compra de pizza, uma compra na farmácia, uma prestação de serviço pequena. Era pago em dinheiro para que não se expusesse o tomador do serviço”, disse.

Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução

Sobre o cartão de Michelle em nome da amiga Rosimary Cordeiro, a defesa justificou que a ex-primeira-dama utilizava o cartão desde 2011 porque não possuía renda própria e, portanto, não tinha acesso a crédito bancário.

“A defesa apresentará todo o mês a mês desse reembolso (da primeira-dama à amiga). Esse cartão permaneceu vigente até agosto de 2021, quando o banco ofereceu um cartão a ela e ela não mais precisava desse cartão adicional”, disse Wajngarten. “Não há confusão de saques. Não há cruzamento de saques. 100% do custo de vida da família do presidente Bolsonaro saiu da conta pessoal do Presidente”, afirmou.

Os advogados de Bolsonaro confirmaram ainda que o ex-presidente transferiu recursos para uma conta em sua titularidade nos Estados Unidos. Segundo a defesa, isso ocorreu porque o ex-chefe do Executivo acredita que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não irá conduzir a economia corretamente.

Ao todo, Bolsonaro enviou US$ 135 mil para uma conta no BB Americas, filial do Banco do Brasil nos Estados Unidos. Esse valor estava em uma conta-poupança no Brasil. A conta teria sido aberta em dezembro de 2022.

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