A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres descarta a possibilidade de delação, mas diz que ele vai colaborar com as investigações do Supremo Tribunal Federal (STF). Eumar Novacki, advogado do bolsonarista, afirmou que vai “agir de boa vontade” para dar as informações necessárias no caso.
“Não, não existe essa possibilidade de delação. O que o Anderson vai fazer é cooperar para que se esclareça o mais breve possível os fatos que levaram aqueles odiosos atos de 8 de janeiro”, disse o advogado durante coletiva de imprensa a jornalistas em seu escritório.
Ele foi questionado sobre as senhas do celular prometidas à Justiça, que não foram entregues, mas alegou que houve “falha técnica” e que irá abrir os conteúdos do aparelho.
“Ele apresentou as senhas, saiu na imprensa que elas estavam erradas, a história não é bem essa. Com o laudo da PF nós também respondemos o por quê que houve falha técnica e o colocamos à disposição, caso o ministro determine o perito, vamos agir de boa vontade para abrir todas informações”, prosseguiu.
Torres foi liberado nesta quinta (11) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, sob uso de tornozeleira. Novacki foi questionado se a prisão de seu cliente seria uma forma da Justiça pressioná-lo a delatar, mas ele afirmou que não viu uma tentativa de forçar uma colaboração premiada. Ele acredita que conseguiu mostrar ao magistrado que não havia necessidade de prisão cautelar.