Defesa de Vorcaro atuou para que caso Banco Master fosse para relatoria de Kassio

Atualizado em 8 de dezembro de 2025 às 18:58
O empresário Daniel Vorcaro – Reprodução/Esfera Brasil no Youtube

A defesa do empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, protocolou no Supremo Tribunal Federal, em 27 de novembro, um pedido para que a investigação contra ele fosse redistribuída para a relatoria do ministro Kassio Nunes Marques. O argumento central foi a existência de documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Overclean, que, segundo os advogados, indicariam conexão entre os casos.

Em análise preliminar, o STF rejeitou a tese de correlação entre as investigações. Com isso, o processo foi distribuído ao gabinete do ministro Dias Toffoli. O tribunal registrou que Kassio só poderá ser considerado prevento caso surjam novos elementos que estabeleçam vínculo direto entre os inquéritos.

Após a decisão de Toffoli, tomada na última quarta-feira (3), a 10ª Vara Federal de Brasília remeteu os autos ao Supremo, conforme determinação. O Ministério Público Federal recorreu da decisão que interrompeu as apurações na primeira instância, mas o recurso acabou negado pelo Judiciário.

O ministro Dias Toffoli, do STF. Foto: Nelson Jr./STF

No pedido, a defesa mencionou documentos ligados a um negócio imobiliário envolvendo o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), supostamente localizados durante operação de busca e apreensão. O parlamentar afirmou que a negociação não foi concluída e que existiu apenas uma opção de compra, sem avanço contratual.

Vorcaro foi preso no Aeroporto de Guarulhos em 17 de novembro, quando embarcava para Dubai. A juíza Solange Salgado da Silva, do TRF-1, autorizou a soltura depois que a defesa informou que a viagem havia sido comunicada previamente ao Banco Central.