
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorização para que o ex-presidente seja removido a um hospital para realizar cirurgias e, em seguida, cumpra prisão domiciliar em regime humanitário. O pedido foi apresentado nesta terça-feira (9), em Brasília.
Segundo os advogados, os médicos responsáveis estimam necessidade de internação imediata entre cinco e sete dias. O local indicado para o procedimento é o hospital DF Star, na capital federal.
De acordo com a petição, Bolsonaro precisa ser submetido a cirurgia para tratar crises de soluços recorrentes, associadas a sequelas de intervenções anteriores, além de uma piora no diagnóstico de hérnia inguinal unilateral, que também exige cirurgia sob anestesia geral.
A defesa informou que os episódios de soluços já levaram o ex-presidente a atendimentos hospitalares por falta de ar e episódios de síncope, conforme os documentos encaminhados ao STF.

No pedido de prisão domiciliar, os advogados sugerem a adoção de monitoramento eletrônico e outras medidas que eventualmente venham a ser determinadas pelo ministro relator.
Os defensores também solicitaram autorização para deslocamentos exclusivos para tratamento médico, com comunicação prévia ao Judiciário ou, em casos de urgência, com justificativa posterior.
No texto encaminhado ao STF, a defesa menciona princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana, o direito à saúde e a proteção integral à pessoa idosa.
Um relatório médico foi anexado ao pedido, apontando dores e desconforto na região inguinal nas últimas semanas, potencializados por aumento da pressão abdominal decorrente das crises de soluços.