‘Delação precisa vir acompanhada de provas’, diz presidente da OAB

Atualizado em 8 de setembro de 2020 às 22:26

Após ser citado na delação de Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomercio do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz utilizou as redes sociais, nesta terça-feira (08), para se posicionar quanto as acusações de seu ‘delator’.

Diniz disse que Santa Cruz lhe pediu dinheiro ’em espécie’ para campanha à reeleição da OAB do Rio em 2014, porém por falta de recursos, eles teriam acertaram um contrato de fachada entre a Fecomércio e um indicado de Santa Cruz para efetuar o contrato, Anderson Prezia, no valor de 120 mil reais.

Sobre a acusação, o presidente dos Advogados do Brasil disse:

Vivi para ver meu nome envolvido em uma denunciação caluniosa. O delator? Pessoa que EU processei, como advogado de instituições que o criminoso lesou. Ficou obrigado a restituir 58 milhões a clientes meus. Agora, em meio a 50 anexos (!!!) de delação, veio a retaliação.

Meu compromisso: acompanhar as investigações para garantir que sejam escancarados: a origem da mentira e os interesses por trás dela. Delação é um instituto que precisa vir acompanhado de provas; notícias sobre delação precisam ser cuidadosas. Sabe por que?

Porque a delação não pode ser transformada em uma chance para criminosos desviarem o foco dos seus crimes e aproveitarem os holofotes para atacar reputações de seus inimigos, desafetos e (como neste caso) até mesmo de advogados que JÁ OS VENCERAM em processos importantes.

Vou processar MAIS UMA VEZ o “delator”, agora em nome próprio e por denunciação caluniosa. A única forma de ele fazer desaparecer a calúnia é opondo a “exceção da verdade”, ou seja, provando o que disse. Fica EXPRESSAMENTE desafiado a fazê-lo.

Meu pedido: tão logo seja escancarado que esta mentira foi fabricada para me atacar (quem CONFESSA 50 anexos de crimes pode muito bem incluir algumas “delações por encomenda”…), você, que encaminhou a notícia para seus amigos, por favor, encaminhe também o desfecho. Obrigado.

 

Hellen Alves
Jornalista. Gosta de política, festivais de música, de sobremesas, de viajar e planejar viagens.