Delegado que fez vídeo ameaçando Lula com armas em livros foi suspeito de matar namorada

Atualizado em 21 de maio de 2022 às 9:53
Foto do delegado sorrindo ao lado de outros dois funcionários do estabelecimento. Ao lado, uma imagem com o revólver dentro do livro.
Delegado usou livros falsos com revólveres dentro para ironizar fala de Lula. Foto: Reprodução / Instagram

O delegado da polícia de São Paulo, Paulo Bilynskyj, que é também influenciador digital em defesa do armamento, é o responsável por ter gravado um vídeo no clube de tiro e caça TZB, na cidade Goiânia (GO), direcionado ao ex-presidente Lula (PT). Ele exibe “livros recheados” com armas de fogo, ironizando uma declaração de Lula, que sugeriu que clubes de tiros sejam transformados em clubes de leitura.

Em uma gravação, compartilhada no perfil do Instagram de Bilynskyj, que tem mais de 660 mil seguidores, o delegado influencer é acompanhado por mais duas frequentadoras do local, que juntos exibem três “livros”, sem páginas, mas com revólveres dentro.

“Oi, Lula. A gente já começou o clube do livro no TZB, em Goiânia. A gente adora você cara. Olha que livro bonito”, declarou em tom irônico.

Em nota ao UOL, a assessoria de imprensa do PT informou que vai avaliar a gravação “juridicamente”. Já Hugo Santos, presidente do Clube de Rito e Caça TZB, afirmou que o delegado Paulo Bilynskyj frequenta o espaço quando está por Goiânia, mas negou que ele seja um funcionário do clube e que o vídeo ameace a vida do ex-presidente.

Delegado virou notícia após suicídio da noiva

Paulo Bilynskyj ganhou projeção nacional no mês de maio de 2020 quando foi atingido por seis tiros durante uma briga com a noiva Priscila de Bairros, na cidade de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. A noiva, depois de atirar contra o delegado, atirou em si mesma e morreu no local.

“Sempre ficou bem claro que eu era a vítima. Pelos ângulos dos disparos, era impossível fisicamente. Bala não faz curva”, disse o delegado em entrevista a um programa da Record.

Os advogados da família de Priscila questionaram o motivo que levou a modelo a morrer por suicídio e afirmaram que, “dependendo o que motivou, o doutor Paulo pode responder por instigação ao suicídio”.

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