Delegados federais aprovam greve e pedido de renúncia do ministro da Justiça.

Atualizado em 4 de maio de 2022 às 13:14
Delegados da PF vão parar e pedem renúncia do ministro da Justiça
Protestos ocorreram ontem, no Dia do Policial Federal
Foto: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (04), em nota pública, a Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) informou que foram aprovadas, em Assembleia Geral Extraordinária realizada entre a segunda-feira (02) e a terça-feira (03) , medidas que serão tomadas.

As propostas foram feitas por conta da não promoção da reestruturação salarial de carreiras da categoria. A promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

No documento é informado que os Delegados de Polícia Federal aprovaram o pedido de renúncia do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública ao Delegado de Polícia Federal Anderson Gustavo Torres pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro. Além disso, a nota afirmou também que “ficou decidido pela categoria que os associados poderão entregar cargos de chefia e recusar convites para assumir novos postos”.

Bolsonaro havia garantido a reestruturação da PF, com isso, os policiais estava na expectativa de receber um reajuste salarial entre 16% e 20%. No entanto,o Executivo afirmou que a promessa não será cumprida.

“Entre os pontos aprovados pelos Delegados de Polícia Federal está a realização de paralisações parciais e progressivas, cujo calendário será definido em conjunto com as demais categorias da Polícia Federal. Foram
aprovadas, ainda, ações de mobilização e conscientização da populaçãodurante as atividades administrativas, como controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada, realizadas pela PF” consta a nota.

Continuando, eles criticaram o descaso do governo. “É vergonhoso, sobretudo em um governo que se dizia pautar pela segurança pública o atual estágio a que estão submetidos os policiais, com significativas perdas como: desamparo a família do policial morto em serviço;redução real do salário, ante o aumento da alíquota da contribuição previdenciária; trabalho em regime de sobreaviso NÃO remunerado ou compensado; diárias cujos valores não pagam todos os gastos do policial com hospedagem, alimentação e transporte durante a missão, tendo o servidor que custear o restante com o próprio salário; ausência de profissionais capacitados para dar apoio psicológico aos servidores”, continuou a Associação no informe.

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link