
A olavete Letícia Catelani, próxima a Eduardo Bolsonaro, sedizente “empresária do ramo industrial” e “especialista em comércio internacional”, foi demitida da Agência de Promoção à Exportação, Apex, que pertence ao Ministério das Relações Exteriores.
Letícia era diretora de Negócios.
No Twitter, fez uma acusação grave: “Combati incansavelmente a corrupção e fechei as torneiras que a alimentavam. Estou pagando o preço. Sofri pressão de dentro do governo pela manutenção de contratos espúrios, além de ameaças e difamações. Não me intimidei!”
O novo presidente da instituição, Sérgio Segóvia, contra-almirante na Marinha, também exonerou o diretor Márcio Coimbra, de Gestão Corporativa.
Ambos são peixes do chanceler Ernesto Araújo.
Todos seguidores de Olavo de Carvalho.
Letícia fez campanha para Bolsonaro e é creditada como a pessoa que providenciou um avião para levar um cirurgião a Juiz de Fora quando o então candidato levou a facada.
A Apex é um saco de gatos onde militares e olavistas se matam.
Letícia protagonizou disputas com os dois últimos presidentes (são três desde janeiro, pasme).
No mês passado, o embaixador Mário Vilalva caiu atirando em Araújo.
Em entrevista ao Estadão, afirmou que Ernesto deu um “golpe” ao mudar o estatuto sem consultá-lo.
Carreiro e Vilalva tiveram problemas com Letícia.
Ela tem a obrigação, agora, de revelar quais foram os esquemas que descobriu e que, de acordo com seu relato, motivaram sua saída.
O DCM está à disposição de Letícia.
Se não o fizer voluntariamente, é preciso que o Ministério Público exija explicações e, se for o caso, apure.
Combati incansavelmente a corrupção e fechei as torneiras que a alimentavam. Estou pagando o preço. Sofri pressão de dentro do governo pela manutenção de contratos espúrios, além de ameaças e difamações. Não me intimidei! Gratidão pelo apoio e o movimento #somostodosleticia ??
— Leticia Catel (@LeticiaCatel) May 7, 2019