
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira (24) que ainda possui mais de 1 milhão de documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein, o bilionário condenado por abusar de menores e por administrar uma rede de exploração sexual. De acordo com o comunicado, a liberação completa desses arquivos pode levar mais algumas semanas, devido ao grande volume de material a ser analisado.
A divulgação de novos documentos já está em andamento. Até o momento, mais de 30 mil registros foram disponibilizados, mas o departamento informou que o número de documentos ainda a serem liberados é muito maior. Esses documentos foram encontrados pelo procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York (SDNY) e pelo FBI, que continuam revisando os materiais em conformidade com as leis de transparência e proteção das vítimas.
Segundo a nota publicada pelo Departamento de Justiça, “o SDNY e o FBI informaram ao Departamento de Justiça que descobriram mais de um milhão de documentos adicionais potencialmente relacionados ao caso Epstein”. A análise desses documentos está em andamento, e a liberação será feita de forma gradual. A revisão é necessária para garantir que as vítimas sejam protegidas e que as exigências legais sejam atendidas.
Epstein foi preso em 2019, após anos de alegações de abuso sexual de menores e por gerenciar uma rede de tráfico de mulheres. A investigação sobre o caso envolveu figuras de grande poder político e econômico, o que fez com que o processo ganhasse atenção mundial. Vários políticos e celebridades foram apontados como participantes ou associados ao esquema de abuso sexual.7

No entanto, a liberação dos documentos tem sido alvo de críticas. Muitos acusam o Departamento de Justiça de retardar a divulgação das informações. A oposição política nos Estados Unidos tem questionado a demora na liberação dos arquivos e a censura de alguns documentos, o que aumentou as tensões em torno da transparência da investigação. De acordo com a nota oficial, a liberação está sendo feita de acordo com a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, estabelecida para garantir que as informações sejam disponibilizadas ao público.
A pressão para que todos os documentos sejam liberados se intensificou após a morte de Epstein, em agosto de 2019. A sua morte, considerada suspeita por muitos, aumentou ainda mais o interesse pela liberação dos documentos. O caso de Epstein segue sendo uma das maiores investigações de abuso sexual envolvendo figuras poderosas e influentes, com milhares de páginas de documentos relacionados ao seu império criminoso.
A decisão de liberar os documentos foi tomada com base em uma ordem judicial e na pressão pública por transparência. O Departamento de Justiça dos EUA se comprometeu a continuar a revisão dos documentos, com a intenção de disponibilizá-los ao público o mais rápido possível. Porém, devido ao grande volume, os advogados envolvidos na análise afirmam que o processo pode se estender por mais algumas semanas.
Em relação aos novos documentos, o Departamento de Justiça informou que está realizando a revisão de todas as informações para garantir que as vítimas de Epstein sejam protegidas e que a divulgação não comprometa investigações em andamento. Além disso, os documentos estão sendo censurados em conformidade com as exigências legais para proteger a identidade das vítimas e assegurar que as investigações possam continuar sem interferências externas.