Deputada que quer tirar de Paulo Freire título de patrono da educação é olavete e expôs marca de refrigerante na TV Câmara

Atualizado em 30 de abril de 2019 às 17:31
A deputada Caroline de Toni e seu ídolo Olavo de Carvalho

A deputada federal Caroline de Toni, do PSL de Santa Catarina, conseguiu seus 15 minutos de fama nacional ao protocolar um projeto de lei que retira de Paulo Freire o título de patrono da educação brasileira.

Freire ocupa esse posto desde 2012.

Caroline afirma que Paulo Freire “preocupou-se tão somente em discutir formação política e relegou a segundo plano os verdadeiros desafios da educação”.

Então tá.

A coisa foi protocolada na segunda-feira, dia 29 — aniversário, veja só, de Olavo de Carvalho, ídolo da parlamentar.

Foi uma “homenagem”, admite.

Na abertura de uma feira do agronegócio em Ribeirão Preto, Jair Bolsonaro deu uma entrevista a uma menina de 8 anos em que tocou no assunto.

(Para quem conversa com Carluxo, dialogar com uma criança é um tremendo upgrade).

“Quem sabe nós temos uma patrona da educação, não mais um patrono muito chato”, falou Jair.

“Não precisa falar quem é que temos até o momento, que vai ser mudado. Estamos esperando alguém diferente”.

Caroline protagonizou no início do mês por uma cena inusitada durante a discussão entre Zeca Dirceu e Paulo “Tchutchuca” Guedes na CCJ da reforma da Previdência.

Na TV Câmara, ela aparecia manuseando uma latinha de Coca-Cola de modo à marca aparecer no vídeo.

Usuários do Twitter a acusaram de aproveitar as filmagens para fazer propaganda do refrigerante.

Não foi a única, segundo a Veja

Ela negou tudo.

“Deveriam ter algo mais útil pra fazer”, escreveu Caroline nas redes.

Caroline deveria ouvir Caroline.