O deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados e primo do dono do laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS-Saleme), é bolsonarista. A empresa é investigada após a infecção por HIV de seis pacientes que passaram por transplantes de órgão no estado.

O parlamentar é ex-secretário de Saúde do estado e primo de Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, dono do laboratório. Ele também é sobrinho de Walter Vieira, que é sócio do PCS-Saleme e foi preso na manhã desta segunda (14).

Luizinho ainda é irmão da dentista Débora Lúcia Teixeira Medina de Figueiredo, que trabalha na Fundação Saúde, empresa pública responsável pela escolha do laboratório para prestar serviços ao governo do Rio de Janeiro.

O deputado federal foi Secretário de Estado de Saúde entre fevereiro e setembro de 2023, na gestão do também bolsonarista Cláudio Castro. Ao deixar o posto e voltar à Câmara para ser líder do PP, ele conseguiu manter suas indicações nos cargos de confiança da pasta e indicou Cláudia Mello, titular da pasta atualmente.

Sua volta à Câmara ocorreu por pedidos do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, que queriam fortalecer a bancada da sigla no Congresso.

Ele chegou a participar do ato golpista de 7 de Setembro de 2022 junto de outros políticos bolsonaristas no Rio de Janeiro. Um mês depois, na eleição presidencial, Luizinho publicou uma foto ao lado de uma cabine de votação com uma camiseta com o número “22” e fazendo dois números “2” com a mão, referência ao número do então candidato Bolsonaro.

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