
O ex-ministro Ciro Gomes deve ser “convidado a sair” do PDT em breve. A bancada do partido na Câmara dos Deputados vai se reunir nesta quarta (30) e parlamentares têm defendido abertamente a sua expulsão da sigla. A informação é do Estadão.
Alguns parlamentares do PDT alegam que Ciro está seguindo um “outro rumo” e agiu contra candidaturas pedetistas nas eleições municipais deste ano. Membros do partido avaliam que seu comportamento pode prejudicar o desempenho em 2026.
Nas próximas eleições, o PDT precisará eleger 13 deputados ou ter ao menos 2,5% dos votos válidos para atingir a cláusula de barreira e garantir sua existência.
Caso parlamentares e o diretório da sigla não concordem na expulsão de Ciro, o grupo favorável à sua saída deve formalizar um requerimento pedindo a análise de sua exclusão do partido.
“Eu vou protocolar um pedido de expulsão se isso não avançar de uma forma consensual no partido. Ele está indo para outro rumo. Como ele está desviando a rota, até para o partido retomar esse crescimento, que ele busque um partido que pensa igual a ele”, diz o deputado federal Josenildo (PDT-AP).

As ações de Ciro que mais motivaram o pedido de expulsão ocorreram em Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE). Na capital mineira, ele afirmou que Duda Salabert (PDT) “não tem preparo” para o cargo de prefeita e foi chamado de “repelente de votos” nos bastidores.
Na capital cearense, onde Evandro Leitão (PT) acabou saindo vitorioso neste domingo (27), Ciro não apoiou o candidato petista, gesto que foi visto como um “apoio velado” ao bolsonarista André Fernandes (PL). O PDT orientou pela neutralidade no segundo turno.
Deputados afirmam que existe um sentimento generalizado de derrota nas eleições municipais de 2024 e a ideia agora é reconstruir o partido com base nos parlamentares eleitos em 2022. Eles defendem que o partido priorize candidaturas para a Câmara e o Senado Federal em 2026.
“O partido está hoje no governo, faz base do presidente Lula. Se o partido almeja candidatura a presidente, primeira coisa a se fazer então é entregar espaço para o presidente Lula. Não tem como ficar dentro do governo e disputar a eleição contra o governo que você faz parte. É desleal”, completou Josenildo.
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