Derrite janta com Lira e Cunha em restaurante de Brasília

Atualizado em 13 de novembro de 2025 às 10:29
Eduardo Cunha, Arthur Lira e Guilherme Derrite em jantar no restaurante Manuelzinho, em Brasília. Foto: Reprodução

O relator Guilherme Derrite se reuniu discretamente com Arthur Lira e Eduardo Cunha no restaurante Manuelzinho, em Brasília, onde vinho do Douro, bacalhau e conversas sobre o PL Antifacção marcaram a noite de quarta-feira (12). O encontro reservado ocorreu após um dia turbulento para o ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, em meio à pressão política que voltou a travar a votação do projeto. Com informações da coluna de Guilherme Amado, do PlatôBR.

À frente do relatório do projeto Antifacção, Derrite apresentou quatro versões em apenas seis dias, provocando críticas do governo, da oposição e até de aliados. Sem consenso, a votação foi adiada para a próxima terça-feira (18).

O relator, o deputado e o ex-presidente da Câmara chegaram pouco antes das 22h ao Manuelzinho, restaurante conhecido pelo ambiente reservado. O local, quase nunca cheio, costuma ser frequentado por parlamentares que preferem conversas fora dos holofotes.

Vinho do Douro, bacalhau e diálogos em voz baixa

A escolha do restaurante não foi casual. No Manuelzinho, mesas discretas permitem articulações políticas prolongadas. Os três pediram um Vinha Grande, da Casa Ferreirinha — considerado um vinho barato para o que entrega — e logo solicitaram uma segunda garrafa. O jantar veio com bacalhau.

Conversaram sobre o PL Antifacção, embora não só sobre ele. Quem passou por perto não conseguiu ouvir com clareza o conteúdo das falas. Os três falaram sempre baixo.

Por volta da meia-noite, já na quinta-feira (13), os seguranças dos parlamentares foram avisados pelo maître de que a conta havia sido paga e que os três deixariam o local assim que terminassem o vinho. Nenhum deles detalhou a pauta da conversa.

Derrite se despediu de Lira e Cunha com um aperto de mão e seguiu para o carro. “Não vou falar nada”, respondeu ao ser questionado se a articulação pela aprovação do PL Antifacção tinha a consultoria de Cunha e Lira.

Restaurante Manuelzinho, em Brasília. Foto: Reprodução