Derrite, secretário de Segurança de SP, foi investigado por 16 homicídios na PM

Atualizado em 3 de maio de 2024 às 14:26
Guilherme Derrite e Bolsonaro. Foto: reprodução

O atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), está no centro de uma controvérsia após a divulgação de informações sobre sua atuação enquanto policial militar. Uma matéria da revista Piauí revelou detalhes de intervenções policiais em que o secretário de Tarcísio de Freitas (Republicanos) esteve envolvido, resultando em um total de 16 homicídios.

Segundo a reportagem, Derrite foi investigado em sete inquéritos diferentes, nos quais participou de ações que culminaram em mortes. No entanto, ele nunca foi denunciado. A matéria ressalta que os inquéritos nem sempre identificam o autor dos disparos fatais, mas apontam a participação do secretário em operações que resultaram em fatalidades.

No histórico do secretário levantado pela Piauí, destaca-se uma operação específica na qual seis pessoas foram mortas, além de três policiais militares presos por tortura e assassinato.

Esse caso não consta da certidão criminal entregue por Derrite ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando disputou uma eleição para o Congresso federal pelo Partido Liberal, o que levanta questionamentos sobre sua transparência em relação ao seu histórico.

A revista também revela que Wallace Oliveira Faria, condenado a 102 anos de prisão, afirmou em depoimento à Defensoria Pública do Estado de São Paulo que fazia parte de um grupo de extermínio em Osasco, com conhecimento do bolsonarista. O grupo, denominado “Eu Sou a Morte”, era composto por policiais militares dos batalhões 42º e 14º em Osasco, sendo Derrite membro do último.

Guilherme Derrite e Tarcísio de Freitas em ato bolsonarista. Foto: reprodução

Diante das acusações, Derrite enviou uma nota à revista lamentando as “acusações infundadas” e destacando que estas se originaram da denúncia de um criminoso condenado.

A frente da pasta de Segurança Pública, o bolsonarista disse que “nem sabia” que a Operação Verão, realizada pela Polícia Militar de SP no litoral do estado deixou 56 mortes. Essa foi a ação mais violenta da história paulista, ficando atrás apenas do Massacre do Carandiru, que matou 111 detentos em 1992.

“Eu nem sabia que eram 56. Infelizmente são 56, para mim o ideal é que não fosse nem uma”, afirmou Derrite durante uma agenda com o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), no início de abril.

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