Derrotada na Alesp, Janaina Paschoal se revelou um fracasso entre seus pares. Por José Cássio

Atualizado em 15 de março de 2019 às 22:39
Janaina Paschoal. (foto: AFP / EVARISTO SA )

Janaína Paschoal estreou na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta, 15, com a posse dos novos deputados estaduais.

Campeã de votos nas urnas (mais 2 milhões), se revelou um fracasso na disputa contra seus pares: o PSL, seu partido, disputou os três cargos mais importantes da Mesa Diretora da Assembleia.

Não elegeu ninguém e Janaína foi a que recebeu menos apoio.

Indicada para disputar a presidência contra Cauê Macris, do PSDB, foi superada por 70 a 16 votos – a Assembleia tem 94 deputados.

A estrela bolsonarista ficou bem atrás do colega Major Mecca, que disputou a primeira Secretaria –segundo cargo mais importante – contra Ênio Tatto, do PT: Major Mecca recebeu apoio de 21 deputados, cinco a mais que Janaína, e Ênio Tatto, com 70 votos, acabou confirmado na vaga.

Na outra disputa importante em que o PSL se envolveu, Letícia Aguiar perdeu a segunda vice-Presidência para Ricardo Madalena, do PR, mas como Major Mecca superou Janaína nos apoios: teve 20 votos, contra 62 do adversário.

Deputados disseram ao DCM que Janaína se mostrou hostil em plenário.

Com exceção de Arthur Mamãe Falei (DEM), com quem trocou ideias o tempo todo, não cumprimentou os colegas e ainda berrou para condenar a relação entre os parlamentares do PT e do PSDB. Teve o microfone cortado duas vezes.

De positivo, mulheres com quem conversamos disseram que a campeã de votos não chega a ser um tipo de beleza, mas pessoalmente é mais bonita do que em fotografias.

“De fato ela não é uma pessoa fotogênica”, comentou uma assessora partidária.

Pela estreia, a expectativa é de que Janaína chegou para causar no parlamento estadual.

Ao redor do palácio 9 de Julho, janaminions se espalharam para forçar a vitória da candidata. Carros de som foram colocados ao lado e na entrada da Assembleia.

No átrio principal, houve confusão e empurra-empurra, com a PM tendo de intervir.

Em plenário, Arthur Mamãe Falei embarcou na onda da intimidação e peitou adversários, até ser contido pela turma do deixa disso.

Com exceção de Janaína e Arthur Mamãe Falei, hostis o tempo todo, não houve maiores reclamações com relação aos bolsonaristas do PSL.

O líder do partido, Gil Diniz, lá pelas tantas até já conversava animadamente com alguns petistas.