
A demissão do general Gonçalves Dias do comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) deu força a um movimento no governo para extinção do órgão. A pasta, tradicionalmente comandada por militares, que já havia sido esvaziada no início do ano por conta da “desbolsonarização”, pode perder o status de ministério.
De acordo com informações do jornal O Globo, integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem a ideia de retirar a maior quantidade possível de militares atualmente lotada no GSI e transformar em uma secretaria.
Dessa maneira, ficariam abaixo da nova estrutura a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República, responsável pela proteção do presidente Lula, do vice, Geraldo Alckmin, e seus familiares, além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foi deslocada para a Casa Civil.

Vale destacar que, caso tenha o aval do chefe do Executivo, a mudança poderia ser efetivada via medida provisória. Não está definido se a futura estrutura teria ou não status de ministério.
Uma das considerações levadas ao presidente petista para convencê-lo da ideia é de que não há nenhum país com tradição democrática que possui estruturas como o GSI dentro do palácio do governo ou cuidando da segurança presidencial.
Gonçalves Dias pediu demissão na tarde da última quarta-feira (19). A saída acontece após o general aparecer em imagens, reveladas pela CNN Brasil, no Palácio do Planalto durante os atos terroristas promovidos por bolsonaristas, no dia 8 de janeiro. Diante disso, Lula designou Ricardo Cappelli para comandar o GSI de forma interina.