Jair Bolsonaro reuniu militantes para um passeio de moto em Porto Alegre na manhã de sábado (10). Dois helicópteros acompanharam o percurso.
A motociata foi o fracasso de sempre, com direito à prisão de uma manifestante que batia panela contra o sujeito.
No final, ele fez mais um discurso radical e repelto de fake news.
Atacou novamente o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, presidente do TSE. Segundo Bolsonaro, Barroso defende uma lei que “beira a pedofilia”. Detonou o voto eletrônico e as pesquisas.
Entre os motoqueiros, estava Niwton Carpes da Silva com uma linda máquina, cachecol com as cores da bandeira nacional e decalque no capacete.
Silva é desembargador do TJ-RS. Foi professor na Universidade de Cruz Alta, UNISC, em Santa Cruz, Ulbra, na Escola Superior da Magistratura, na Escola Superior da Defensoria Pública e no Instituto de Desenvolvimento Cultural.
Em outubro de 2016, atuando na 160ª zona eleitoral da capital gaúcha, ele impediu jornalistas de registrarem o voto de Dilma Rousseff.
A imprensa, que esperava a chegada de Dilma na Escola Santos Dumont, foi informada que, por uma decisão de Silva, os jornalistas não poderiam registrar o momento.
A justificativa apresentada foi a de que, por ser uma “cidadã comum”, ela deveria votar desacompanhada. Houve tumulto e empurra-empurra. Na confusão, uma porta de vidro foi quebrada.
Silva deixou clara sua posição política no Twitter em diversas ocasiões.
“Ela (Dilma) é tão incompetente e desesperada que não tem condições de autocrítica. O esquerdismo radical perdeu o trem da história”, escreveu.
Em 15 de abril daquele ano, cravou que o governo federal havia afundado “num mar de corrupção” e que a ideia de convocar novas eleições representava um golpe à Constituição.
Em 27 de março, afirmou o seguinte: “Os petistas ainda continuam com a deslavada pachorra de falar em golpe… E as pedaladas, a corrupção e doações ilegais onde ficam???”.
A conta foi desativada. Não se sabe se ele estava presente no discurso de Bolsonaro espicaçando um ministro do Supremo Tribunal Federal.