Desmatamento na Amazônia bate novo recorde e contradiz Bolsonaro

Atualizado em 11 de junho de 2022 às 7:15
A imagem da Amazônia destruida
Área devastada pelo fogo na Amazônia
Imagem: Christian Braga/Greenpeace

Na última sexta-feira (10), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que a Amazônia sofreu devastação em 2.867 km2 em seu território, o pior desempenho registrado para o período desde o começo da série histórica (2016). Tais dados contradizem as falas do presidente Jair Bolsonaro (PL), que falou que o atual governo trabalhou para combater o desmatamento, em discurso feito na Cúpula das Américas.

De acordo com o relatório, no mês de maio, o desmatamento foi de 900 km2, o segundo pior resultado para o mês, ficando atrás apenas do mesmo período do ano passado, quando o índice acabou sendo de 1.390 km2. A análise foi feita pelo sistema Deter.

“Os recordes de desmatamento representam a falta de políticas ambientais, bem como o desmonte daquelas que eram efetivas. Não é aceitável que a Amazônia continue como terra sem lei. Precisamos urgentemente retomar iniciativas de conservação e desenvolvimento sustentável na região e evitar projetos de lei prejudiciais ao meio ambiente que estão em tramitação no Congresso Nacional — afirmou Mauricio Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil, em entrevista para o jornal O Globo.

De janeiro a maio, o Brasil alcança o terceiro ano consecutivo com recorde de desmatamento. Os 2.867 km2 de agora mostram que ocorreu um crescimento de 12,7% em relação ao ano passado.

A Amazonas foi o estado que mais sofreu desmatamento (298 km2), enquanto o Pará ocupa a segunda posição (272 km2).

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