Devemos confiar nas pesquisas?

Atualizado em 4 de novembro de 2014 às 12:45

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Devemos confiar nas pesquisas eleitorais?

Se olharmos para os resultados deste ano, a tendência é dizer não.

Mas, se olharmos para o segundo turno de 2010, veremos que Ibope e Datafolha acertaram na mosca.

Naquele ano o Ibope previu a vitória de Dilma por 56% dos votos válidos, contra 44% de Serra; e o Datafolha deu um resultado semelhante, dentro da famigerada margem de erro: vitória de Dilma por 55 a 45.

O resultado final, nas urnas, foi Dilma com 56,05%, e Serra com 43,95%.

Acertaram na mosca.

A pergunta que fica é: se foram tão bem em 2010, porque erraram tão feio no primeiro turno de 2014? Metodologia incorreta? Fraude?

A resposta pode estar na quantidade de votos brancos, nulos e indecisos.

Na última pesquisa do segundo turno de 2010, brancos, nulos e indecisos somaram 8%.

No primeiro turno de 2014, as pesquisas indicavam 14% de brancos, nulos e indecisos.

Ou seja: 14% de eleitores que poderiam transformar completamente o resultado das eleições – e isto pode ter explicado a disparada de Aécio no primeiro turno. Moral da história:

  1. Devemos levar a sério as pesquisas. Ao que tudo indica eles sabem muito bem o que estão fazendo.
  2. Não devemos nos concentrar nos “votos válidos”, mas analisar com atenção os brancos, nulos e indecisos. São eles que determinarão o resultado.