O presidente da China, Xi Jinping, comandou nesta terça-feira (2) um desfile militar em Pequim que reuniu chefes de Estado e autoridades de diferentes continentes, em um gesto de demonstração de força em meio à disputa com os Estados Unidos. O evento, realizado na Praça da Paz Celestial, destacou os avanços tecnológicos das Forças Armadas chinesas e contou com a presença de líderes estrangeiros de grande peso político.
Entre os convidados de maior destaque estavam o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Ambos caminharam ao lado de Xi Jinping durante a chegada ao local, marcando a primeira vez que os três líderes aparecem juntos em público. A presença dos aliados estratégicos reforçou a imagem de aproximação entre Moscou, Pequim e Pyongyang em um cenário internacional de tensões.
O Brasil também esteve representado na cerimônia. O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, participou do evento, assim como a ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente à frente do Banco do Brics. A presença de representantes brasileiros destacou a relevância diplomática da ocasião, que atraiu não apenas potências militares, mas também países em desenvolvimento.
⚡️ #AHORA | Xi Jinping, Vladimir Putin y Kim Jong Un llegaron para el inicio del desfile militar más grande de la historia de China. pic.twitter.com/iNeB30yCcn
— Mundo en Conflicto 🌎 (@MundoEConflicto) September 3, 2025
Diversos líderes asiáticos marcaram presença no desfile. O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, foram alguns dos nomes confirmados. Também compareceram chefes de Estado da Ásia Central, incluindo os presidentes do Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Quirguistão, evidenciando a ampla participação regional em torno da China.
Uma das surpresas foi a chegada do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, que anteriormente havia informado que não poderia comparecer devido à necessidade de lidar com protestos mortais em seu país. Sua presença inesperada foi vista como um gesto simbólico de apoio à China em um momento de alta visibilidade internacional.
Da Europa, participaram o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, e o líder de Belarus, Aleksandr Lukashenko. A lista de convidados também incluiu representantes da África e do Caribe, com destaque para o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. O encontro reforçou a diversidade de nações presentes, consolidando o desfile como um palco de projeção internacional do governo chinês.