Dilma

Atualizado em 13 de junho de 2013 às 15:23

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Se você não sabe para onde vai, nenhum vento ajuda.

É uma frase romana, ora atribuída a Augusto e ora à sabedoria popular.

Nas redações que chefiei, sempre gostei de citá-la uma, duas, várias vezes.

Foi sob a lógica dela que gostei do primeiro pronunciamento de Dilma como presidenta. Ela sabe o que quer: diminuir a miséria, uma tarefa começada indiretamente com FHC com a estabilização da economia e levada a um novo patamar por Lula com programas como o Bolsa Família. (Combatida por direitistas insensíveis e egoístas  como ‘assistencialista’, mas com resultados inquestionáveis. Não foi apenas dinheiro que chegou a quem não tinha. Foi também o sentimento de que o governo estava pensando neles.)

Ponto.

O objetivo de Dilma é límpido, claro. “Não vou descansar enquanto houver crianças pobres, abandonadas à própria sorte.”

Talvez ela pudesse ter abreviado sua fala e se concentrado apenas nisso.

Senhoras e senhores, o que tenho a dizer agora que estou com a faixa é: chega de miséria. Obrigado e até amanhã, porque tenho muito trabalho.

Como ela pretende alcançar a meta é o que veremos a seguir.

Mas de novo. Se você não sabe sua meta, jamais vai alcançá-la.

Dilma sabe. É um bom começo.

Para os brasileiros, a transparência da missão de Dilma facilitará a avaliação de seu desempenho em 2014. A miséria diminuiu consistentemente, segundo as estatísticas confiáveis? Ótimo, mais quatro anos. Não diminuiu? Pena e até logo. Vamos dar oportunidade a outro.

Ou Dilma varre a miséria ou a miséria varre Dilma.