Dino diz que não há previsão para conclusão do caso Marielle: “Dias ou meses”

Atualizado em 24 de janeiro de 2024 às 21:24
Flávio Dino diz que não há previsão para conclusão do caso Marielle. Foto: Divulgação

Durante uma entrevista sobre a transição do comando do Ministério da Justiça, Flávio Dino afirmou nesta terça-feira (23) que não há previsão para a conclusão do caso envolvendo a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O ministro, que deixará o cargo em fevereiro para assumir no Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que não é possível determinar um prazo exato para o encerramento das investigações.

Flávio Dino ressaltou que a entrada da Polícia Federal (PF) na investigação, determinada por ele há cerca de um ano, proporcionou uma colaboração mais estreita com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e fez avançar o caso. Ele destacou a dedicação contínua da equipe responsável pela investigação, afirmando que o caso “jamais ficou parado.”

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, anteriormente indicou que a expectativa era concluir a investigação no primeiro trimestre deste ano. Flávio Dino, ao ser questionado sobre a delação de Ronnie Lessa, apontado como o assassino de Marielle e Anderson, preferiu não comentar detalhes, ressaltando que, juridicamente, a delação só ocorre após homologação.

Diretor geral da PF, Andrei Augusto Rodrigues. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro destacou que apenas os delegados envolvidos na investigação possuem informações detalhadas sobre o caso. Ele lembrou que a única delação homologada pelo Poder Judiciário até o momento foi a de Élcio Vieira de Queiroz, ex-policial militar do Rio, em julho de 2023, que implicou o grupo liderado pelo contraventor Bernardo Bello no assassinato da vereadora.

Dino salientou que, a partir dos desdobramentos dessa delação, é natural que novos atos de investigação surjam, potencialmente levando a outras delações.

A PF, em nota divulgada nesta terça-feira, reforçou que as investigações permanecem sob sigilo e que, até o momento, apenas a delação de Élcio foi homologada. A instituição alertou para a divulgação de informações que não condizem com a realidade, comprometendo o trabalho investigativo e expondo cidadãos.

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