Direção de penitenciária de Mossoró (RN) sabia da baixa qualidade das câmeras

Atualizado em 16 de fevereiro de 2024 às 6:44
Direção da penitenciária de Mossoró já tinha sido avisada sobre baixa qualidade das câmeras. Foto: Divulgação

A direção do presídio federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, está sendo duramente criticada após a fuga de dois detentos, o que gerou uma situação inédita para presídios federais. Relatos indicam que a administração já havia sido alertada sobre a má qualidade das câmeras de segurança na instituição, o que resultou no afastamento da gerência e na intervenção no presídio.

De acordo com fontes ligadas à investigação, parte das câmeras de segurança do presídio federal de Mossoró estava com funcionamento inadequado no momento da fuga de Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos.

No ano de 2023, foi detectado um problema com o circuito de câmeras tão significativo que alguns equipamentos precisaram ser devolvidos. As câmeras recebidas eram de um modelo inferior ao pago pelo poder público, o que resultou na necessidade de troca pelo modelo correto, conforme especificado na licitação.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento. Foto: Divulgação

Mesmo após essa substituição, técnicos que acompanharam a inspeção constataram que as câmeras ainda não atendiam aos requisitos de uma penitenciária de segurança máxima em termos de desempenho e eficiência. Não eram modernas nem confiáveis o suficiente para garantir o funcionamento sem falhas.

A investigação sobre o mau funcionamento de algumas câmeras de segurança durante a fuga ainda está em andamento. As autoridades buscam determinar se a falha foi registrada, para quem foi comunicada e por que medidas corretivas não foram tomadas.

Segundo as autoridades responsáveis, o sistema de circuito interno de um presídio é fundamental para o controle e vigilância, sendo uma das formas mais básicas e essenciais. É necessário que esteja sempre em ótimas condições de funcionamento.

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