Diretor da Saúde demitido por ‘batcu’ foi nomeado por Bolsonaro em 2019

Atualizado em 8 de outubro de 2023 às 12:56
Andrey Roosewelt Chagas Lemos. Foto: Reprodução

Neste sábado (07), o Ministério da Saúde demitiu o servidor responsável por uma apresentação de dança erótica do “batcu” em um evento promovido pela pasta. Andrey Roosewelt Chagas Lemos era diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde.

Em 2019, ele foi nomeado pelo então presidente Jair Bolsonaro como membro titular do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. As informações são da revista Crusoé. Na época, Andrey era filiado ao PcdoB há 21 anos e presidente da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT).

Andrey é doutorando no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e mestre em Políticas Públicas em Saúde pela Fiocruz.

Relembre o caso

No vídeo que circula nas redes sociais, uma mulher aparece dançando ao som da música “Batcu”, da cantora Aretuza Lovi, diante de uma plateia que a aplaude, durante o 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil. O evento aconteceu na quinta-feira (5).

Dois dias depois, o Ministério da Saúde publicou uma nota em que afirmou que havia demitido Andrey. Ele assumiu a responsabilidade pelo ocorrido.

“O Ministério da Saúde informa que neste sábado (7/10) adotou as devidas providências para a exoneração, a pedido, do Diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da pasta, que assumiu integralmente a responsabilidade pelo episódio inadmissível ocorrido durante o 1º Encontro de Mobilização para Promoção da Saúde no Brasil (Em Prosa)’, diz a nota.

“O Ministério da Saúde reforça que o episódio isolado não reflete a política da pasta nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizado no encontro. O evento, vinculado à Secretaria de Atenção Primária à Saúde, teve como objetivo apoiar a implementação e gestão participativa da Política Nacional de Promoção da Saúde a partir do compartilhamento de experiências entre gestores e trabalhadores de diferentes estados, com momentos dedicados à diversidade cultural”.

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