O físico português Nuno Loureiro, de 47 anos, diretor de um laboratório do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foi morto a tiros em frente à sua casa em Brookline, na região de Boston, na noite de segunda-feira (15). A informação foi confirmada na terça-feira (17) pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel.
Segundo a polícia local, Loureiro foi atingido por três disparos e sofreu um quarto ferimento de raspão. Após o ataque, ele foi socorrido e levado ao Centro Médico Beth Israel Deaconess, em Boston. O óbito foi registrado na manhã de terça-feira (17).
As autoridades dos Estados Unidos informaram que o caso está sendo tratado como homicídio. Até o momento, não há informações oficiais sobre suspeitos, prisões ou a motivação do crime. A investigação segue sob responsabilidade da polícia local de Massachusetts.
Nuno Loureiro deixa a esposa, três filhas, um irmão e a mãe. A morte do pesquisador gerou manifestações de pesar de instituições acadêmicas e autoridades portuguesas, que divulgaram notas oficiais após a confirmação do falecimento.
Professor de Ciência e Engenharia Nuclear e de Física, Loureiro dirigia desde maio de 2024 o Centro de Ciência do Plasma e Fusão, um dos maiores laboratórios do MIT. A instituição descreve o pesquisador como físico teórico com atuação nas áreas de fusão por confinamento magnético, física de plasmas e astrofísica de plasmas.
Formado em física pelo Instituto Superior Técnico, em Lisboa, em 2000, ele concluiu o doutorado no Imperial College de Londres em 2005. Antes de ingressar no MIT, em 2016, atuou como pesquisador no Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, em Portugal, e recebeu prêmios como o Prêmio Carreira da Fundação Nacional de Ciência, em 2017, e o Prêmio Presidencial de Início de Carreira para Cientistas e Engenheiros, concedido em janeiro de 2025.