Diretor de Pantanal detona Bolsonaro por ataques à democracia: “Cão dos infernos”

Atualizado em 13 de maio de 2022 às 23:55
Walter Carvalho critica ataques de Bolsonaro a democracia: "Cão dos infernos"
Diretor de “Pantanal” e “Central do Brasil” Walter Carvalho
Foto: Reprodução

Não poupando palavras para criticar o atual governo, na noite da última quarta-feira (12), um dos diretores de “Pantanal” Walter Carvalho, em entrevista para a Folha, criticou os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as eleições de 2022. As declarações aconteceram na exposição “Iluminuras”, em galeria no Leblon no Rio de Janeiro.

Ao comentar as eleições de 2022, em meio à polarização política que o país tem enfrentado, ele afirmou que a população deve se prevenir de atitudes agressivas. Walter ainda chamou o presidente de “cão dos infernos”.

“Acho que a gente tem que se prevenir para uma atitude muito agressiva que pode vir a acontecer. Eu tenho a impressão que se continuar a perspectiva desse cão dos infernos que dirige o Brasil, se continuar a perspectiva dos seus desejos e das suas vontades, nós vamos ter uma guerra”, destacou.

Ele ainda pontuou sobre os ataques recentes do presidente aos ministros do Supremo Tribunal Federal. “Não se pode enfrentar de forma tão arbitrária como ele faz com o Supremo Tribunal Federal. Não se pode atacar o STF como ele ataca. Como ele também ataca o Congresso e ataca a própria sociedade. Então, eu acho que a gente tem que estar muito organizado e prevenido”, continuou.

“Acho que vamos ter problemas para tirar esse ‘cão dos infernos’ de onde ele está, por isso nunca foi tão importante o voto consciente nessas eleições. Hoje, nós temos de um lado, a coisa mais progressiva, mais humanista e uma visão com desejo de projeto social e do outro lado a irracionalidade fascista perdurando e isso me põe muito medo”, declarou, ao apoiar o voto consciente nas urnas em outubro deste ano.

Além disso, ele também falou sobre a classe artística. Walter aponta que vê poucos artistas defendendo o atual governo. O grupo é uma das profissões mais atacadas pelo presidente por conta de posições políticas.

“Eu acho que é um direito de cada pessoa escolher a sua posição política e ninguém é obrigado a nada, mas que pudesse ser escolhido uma coisa menos nociva que essa direita fascista. Tudo bem que você tem o direito de escolher, mas não dava para ser melhor? Eu sempre pergunto isso. Pergunto não só para as pessoas da classe artística, mas para todas as outras áreas. Eu conheço muito poucos na classe artísticas que apoiam esse ‘cão dos infernos’, mas a maioria é contra”, reiterou.

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