
Apesar de continuar no topo da bilheteria global no segundo fim de semana, com US$ 102,45 milhões arrecadados (US$ 57,3 milhões nos EUA e US$ 45,2 milhões no exterior), “Superman” apresenta um desempenho mais forte no mercado norte-americano. Dos US$ 406,8 milhões totais arrecadados até agora, US$ 236 milhões vieram dos cinemas dos Estados Unidos, enquanto o faturamento internacional está em US$ 171 milhões.
Em entrevista à Rolling Stone, o diretor James Gunn comentou a diferença entre os mercados. Ele reconheceu que o personagem ainda não tem a mesma força global que heróis como Batman, mas também apontou outro fator relevante: o sentimento negativo em relação aos Estados Unidos em alguns países.
“Estamos indo muito bem nos EUA, mas o mercado internacional também vem crescendo e tem mostrado bons números durante a semana”, disse Gunn. “O boca a boca está funcionando, tanto aqui quanto fora. O Brasil e o Reino Unido, por exemplo, estão indo muito bem.”
Segundo o diretor, Superman não é um nome familiar em vários lugares e isso afeta o desempenho. “Ele não é tão reconhecido em certos países quanto o Batman, por exemplo. Isso tem peso. E o fato de haver hoje um certo sentimento antiamericano em várias partes do mundo também influencia. Isso não ajuda.”
Gunn não mencionou exemplos específicos, mas o comentário surge num momento em que políticas adotadas durante o governo Trump — como tarifas comerciais e medidas migratórias — ainda repercutem negativamente fora dos EUA. Em abril, analistas previam que essas medidas poderiam gerar perdas bilionárias ao setor de turismo norte-americano.
Apesar da diferença nas bilheteiras, o diretor se mostra confiante. “Acho que é uma questão de tempo até que cresça lá fora também”, disse. “Tudo tem sido uma vitória até agora. Ver o filme ser bem recebido no mundo todo é o início da árvore que o Peter [Safran] e eu estamos cuidando há três anos. Ver esse começo tão positivo tem sido incrível.”