A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (21), uma operação com mandados de busca e apreensão voltada para investigar o afundamento do solo em bairros de Maceió (AL) causado pela mineração de sal-gema pela empresa Braskem.
Os alvos da PF
Os alvos da ação incluem diretores, gerentes, técnicos e consultores da empresa, assim como consultorias parceiras, como a Modecon (RJ) e Flodim (SE). Os principais alvos são:
A busca específica por documentos tem o intuito de esclarecer se a Braskem tinha conhecimento dos riscos envolvidos, desde quando, se houve omissão de documentos, contratação de pareceres direcionados e quem internamente na empresa teve ciência das informações durante o processo de afundamento dos bairros.
A Polícia Federal cumpre um total de 14 mandados de busca e apreensão distribuídos em Maceió (11), Rio de Janeiro (2) e Aracaju (1).
A investigação destaca indícios de que as atividades da Braskem na capital alagoana não seguiram os parâmetros de segurança estabelecidos, com suspeitas de apresentação de dados falsos e omissão de informações dos órgãos de fiscalização. Os suspeitos podem responder por diversos crimes, como poluição qualificada e usurpação de recursos da União.
Mineração irregular
O problema relacionado à mineração de sal-gema pela Braskem começou a ser percebido em 2018, quando moradores do bairro Pinheiro identificaram as primeiras rachaduras em suas residências.
Desde então, a situação se agravou, afetando outros quatro bairros e levando à evacuação de cerca de 60 mil pessoas. Recentemente, uma das minas da Braskem entrou em colapso, desencadeando um novo episódio de afundamento do solo em Maceió.
A busca por documentos visa esclarecer responsabilidades e apurar possíveis irregularidades que contribuíram para o problema ambiental e social enfrentado na região.
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