Dirigentes de cooperativas beneficiadas por Bolsonaro participaram de atos golpistas

Atualizado em 22 de janeiro de 2023 às 10:27
Eloir Dedonatti, caminhoneiro conhecido nas redes sociais como “Padre do Bolsonaro”. Foto: Reprodução

Líderes de cooperativas que receberam verba pública durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participaram de manifestações golpistas nos últimos meses. A informação é da Folha de S. Paulo. Os pagamentos durante a gestão bolsonarista eram feitos em combustível, contêiner e diesel.

Eloir Dedonatti, um caminhoneiro conhecido nas redes sociais como “Padre do Bolsonaro”, consta no site da Receita Federal como dirigente da Cooperativa Grão de Ouro, de Chapecó (SC). Em vídeos que publica com tom antidemocrático, Eloir faz questão de se apresentar como presidente da empresa.

De acordo com a Folha de S. Paulo, a cooperativa de Eloir recebeu cerca de R$ 200 milhões em investimentos do governo federal com tanque de combustível, contêiner e cerca de 15 milhões de litros de diesel. O repasse ocorreu por meio do Ministério da Cidadania.

Eloir esteve em paralisações de rodovias e ficou acampado em frente ao QG do Exército, em Brasília. Nos atos, fazia vídeos afirmando, sem apresentar nenhuma prova ou embasamento, que uma “fraude” teria sido comprovada nas urnas das eleições de 2022, em que Bolsonaro foi derrotado pelo presidente Lula (PT).

Outro dirigente de cooperativa que recebeu aporte do governo Bolsonaro é Cleomar Immich. Ele é presidente da Cooperlog Sinop (MT), que mudou de nome para Cootransnop (Cooperativa dos Transportes Rodoviários de Cargas de Sinop), mas manteve o mesmo CNPJ. A empresa de Cleomar também recebeu cerca de R$ 200 milhões.

Os repasses foram realizados por meio do programa Roda Bem Caminhoneiro, do ministério da Cidadania, lançado no final de 2019, com o objetivo de incentivar o cooperativismo entre os caminhoneiros autônomos.

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