O professor do Insper, Thomas Conti, cientista de dados e doutor em Economia, flagrou trechos suspeitos de plágio na dissertação de mestrado feita em 2008 pelo novo ministro da Educação, Carlos Decotelli.
Thomas apontou algumas longas partes do texto extraídos de outras publicações, incluindo um registro na Comissão de Valores Imobiliários, sem citação. Ele então usou o trabalho de Decotteli em um software de detecção de plágio, que apontou para 12% de seu conteúdo como cópia do CVM.
Confira abaixo:
Mesmo registro na CVM x Dissertação pic.twitter.com/g0LIjIWano
— Thomas Conti (@ThomasVConti) June 27, 2020
Para quem não tem familiaridade com o mundo acadêmico, embora a dissertação dele seja sobre a governança corporativa do Banrisul, não se copia e cola trechos escritos por outra pessoa sem deixar claro que é uma citação e de onde vem a citação. Ainda mais em trechos longos assim.
— Thomas Conti (@ThomasVConti) June 27, 2020
Tinha tanta coisa parecida entre esse relatório da CVM e a dissertação que eu desisti de achar as partes iguais na mão e joguei em um software de detecção de plágio. Mais de 10% da dissertação de mestrado é cópia idêntica ao relatório da CVM. 4.200 palavras. pic.twitter.com/19INueJuES
— Thomas Conti (@ThomasVConti) June 27, 2020
A dissertação inteira é bem estranha. As 15 primeiras páginas parecem ser o projeto de pesquisa e não um texto de dissertação. Depois quando começa a parte teórica as citações são fora do padrão e sem muita conexão entre elas. Buscando trechos delas no google…
— Thomas Conti (@ThomasVConti) June 27, 2020
Os trechos que seguem (imagem à direita) após essa parte são também cópia literal do artigo de Clóvis e coautores, que não aparece com aspas nem citado. O artigo de Clóvis aparece só na bibliografia ao final da dissertação, o que não é a prática acadêmica. pic.twitter.com/UbCXaDaU5T
— Thomas Conti (@ThomasVConti) June 27, 2020