De acordo com o instituto sueco V-Dem, ligado à Universidade de Gotemburgo, os níveis globais do que o instituto chama de “democracia” caíram em 2022 para patamares mais baixos do que em 1986. Ao passo que o número de Estados supostamente comandados por “ditaduras” superou o de “democracias plenas” pela primeira vez desde 1995. A informação é do Estadão.
A pesquisa é considerada na Europa uma referência na medição dos níveis de regimes políticos no mundo e os divide em quatro vertentes: democracias plenas, democracias falhas, autocracias eleitorais e ditaduras. O instituto desconsidera, no entanto, traços culturais mais profundos que não podem ser enquadrados em simples denominações, que levam em conta apenas a concepção europeia e ocidental de sociedade.
O instituto classificou nesses critérios mais de 180 países, avaliando itens como liberdade de imprensa, independência entre os poderes, repressão policial e integridade do sistema eleitoral, conceitos básicos do modelo ocidental do que seria uma “democracia” ideal.
De acordo com o relatório, divulgado no mês passado, o número de democracias plenas no mundo caiu de um ápice de 44 em 2009 para 32 no ano passado. Já o número de ditaduras, que em 2012 estava em seu número mais baixo, 22, em 2012 subiu para 33.