
O Museu do Louvre, em Paris, começou a ser erguido no fim do século XII, quando o Rei Filipe II, o Augusto, construiu uma fortaleza quadrangular às margens do Rio Sena. Com informações do jornal O Globo.
Décadas mais tarde, o espaço foi convertido em castelo real por Carlos V e, no século XVI, ganhou o estilo renascentista pelas mãos de Henrique II. Com as expansões de Henrique IV e Luís XIV, o conjunto tornou-se um símbolo da monarquia francesa, que seria transformado em museu após a Revolução Francesa.
Em 10 de agosto de 1793, o Louvre abriu as portas ao público com o nome de “Musée Centrale des Arts”. A antiga coleção real e obras católicas passaram a formar o primeiro acervo, composto por cerca de 500 pinturas. O ato marcou uma virada política e cultural: o espaço antes reservado à nobreza se tornou patrimônio do povo francês, em consonância com os ideais do Iluminismo.
Durante o império de Napoleão Bonaparte, o Louvre foi rebatizado como “Museu Napoleão”. O general francês acumulou milhares de peças de arte trazidas de suas campanhas militares pela Europa e pelo Egito, usando o conceito de “despojos de guerra”. Após sua derrota em Waterloo, em 1815, as potências vencedoras exigiram a devolução de obras saqueadas — episódio chamado de “Waterloo cultural” por historiadores.

No século XX, o Louvre ganhou uma das obras arquitetônicas mais emblemáticas de Paris: a pirâmide de vidro inaugurada em 1989. O projeto, idealizado pelo arquiteto Ieoh Ming Pei a pedido do presidente François Mitterrand, gerou polêmica por romper com o estilo clássico do palácio, mas se tornou símbolo de modernidade e uma das entradas mais fotografadas do mundo.
Entre os episódios mais marcantes da história do museu está o roubo da “Mona Lisa” em 1911. O pintor italiano Vincenzo Peruggia levou a obra de Leonardo da Vinci e manteve-a escondida por mais de dois anos. O quadro foi recuperado apenas quando o ladrão tentou vendê-lo a um antiquário. Desde então, a pintura se tornou o principal atrativo do museu.
Outra peça envolta em mistério é a escultura da “Vênus de Milo”, descoberta em 1820 na Grécia e levada à França no ano seguinte. A ausência dos braços originais gerou teorias e debates entre estudiosos. O museu optou por não restaurá-los para preservar a integridade da obra.
Em 2025, após o roubo de oito joias avaliadas em 88 milhões de euros, o Louvre voltou a ser manchete mundial — um lembrete de que a história do maior museu do mundo continua em construção.