Do luto à ambição: a avó do filho de Marília Mendonça mereceu perder a guarda. Por Nathalí

Atualizado em 14 de julho de 2025 às 11:45
Dona Ruth, mãe de Marília Mendonça – Foto: Reprodução

O acidente que vitimou Marília Mendonça e outras seis pessoas aconteceu há quatro anos — o tempo voa — mas ainda repercute.

A guarda do filho de Marília com o também cantor Murilo Huff era compartilhada entre o pai e a avó, que acabou perdendo o direito de ter a guarda do neto em processo judicial.

Ruth e Murilo se desentenderam, e agora a guarda é exclusivamente do pai, com direito de visita resguardado para toda a família.

Vocês sabem: pra eu defender homem na internet, tenho que ter motivos muito alarmantes. E tenho.

Esse pai está coberto de razão — e eu vou te dizer por quê. Segundo depoimentos comprovados em juízo, a avó negligenciava os cuidados de saúde do neto, que tem diabetes. Além disso, a alienação parental contra Murilo foi reconhecida judicialmente.

Onde há dinheiro, há discórdia. E, no meio disso tudo, uma criança sem entender nada.

O menino, rico desde o nascimento, passou a ser visto como uma galinha dos ovos de ouro pela avó. E é realmente chocante — embora não devesse ser — ver um comportamento tão ambicioso e mesquinho, mesmo após a perda de uma filha em um acidente.

Pra algumas pessoas, o dinheiro é uma espécie de Deus. Que o diga a família de Larissa Manoela.

Larissa Manoela – Foto: Reprodução

Além de perder a mãe, a criança ainda precisa lidar com uma avó que, ao olhá-lo, vê apenas um cifrão.

Que a Justiça — que já foi feita — continue protegendo essa criança das aves de rapina que brigam por seu dinheiro.

“Esses casos de família de dinheiro eu nunca entendi bem”, disse Belchior — o que me toca profundamente e me alivia por saber que meus pais não têm terrenos (risos).

Tomara que, algum dia, talvez utópico, o amor volte a valer mais do que a ambição.

Nathalí Macedo
Nathalí Macedo, escritora baiana com 15 anos de experiência e 3 livros publicados: As mulheres que possuo (2014), Ser adulta e outras banalidades (2017) e A tragédia política como entretenimento (2023). Doutora em crítica cultural. Escreve, pinta e borda.