
O dólar comercial fechou em queda de 0,64% nesta terça-feira (11), cotado a R$ 5,2727, no menor nível desde junho de 2024, quando atingiu R$ 5,24. O recuo da moeda ocorreu em meio à leitura positiva da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, que registrou a menor variação para o mês em 27 anos.
Por volta das 17h, o Ibovespa subia 1,58%, aos 157.691 pontos, e se aproximava de um novo recorde histórico. O otimismo foi sustentado pela expectativa de que os juros básicos possam começar a cair em 2026. A taxa Selic está mantida em 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas.
Na ata divulgada nesta terça, o Banco Central indicou “maior convicção” de que a atual taxa é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta. O texto destacou redução gradual da atividade econômica e diminuição das expectativas de inflação, sem sinalizar ainda o início de um ciclo de cortes.

O IPCA de outubro subiu 0,09%, segundo o IBGE. O resultado representa desaceleração em relação aos 0,48% de setembro e acumulou 3,73% no ano e 4,68% em 12 meses. A queda da energia elétrica residencial, com redução na bandeira tarifária, foi o principal fator para o resultado.
No cenário externo, o mercado acompanhou a tentativa de encerrar a paralisação do governo dos Estados Unidos, que já dura 42 dias. O Senado aprovou uma medida provisória de financiamento e o presidente Donald Trump declarou apoio à proposta, elevando as chances de reabertura do governo federal.
As bolsas globais reagiram positivamente, com altas na Europa e movimentos mistos na Ásia. Em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,22% e o S&P 500 recuava 0,26%. No Brasil, o dólar acumula queda de 14,68% no ano, enquanto o Ibovespa registra valorização de 29,08%.