“Dom será cremado no país que amava”, diz viúva em velório do jornalista

Atualizado em 26 de junho de 2022 às 11:32
Viúva de Dom Phillips

A esposa de Dom Phillips, Alessandra Sampaio, discursou no velório do jornalista britânico, assassinato brutalmente neste mês, no Vale do Javari, no Amazonas. O corpo dele foi velado neste domingo (26) Cemitério Parque da Colina, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Alessandra pediu mais segurança aos profissionais que defendem o meio ambiente, pois é a única forma de evitar que famílias sintam a mesma dor que ela e os parentes do indigenista Bruno Pereira estão sofrendo. Ela ainda relatou que Dom será cremado no Brasil.

“Hoje Dom será cremado no país que amava, seu lar escolhido, o Brasil. O dia de hoje é de luto”, falou ela.

Alessandra deixou claro que a família continuará acompanhando cada detalhe das investigações. “Seguiremos atentos a todos os desdobramentos das investigações, exigindo justiça no significado mais abrangente do termo”, relatou.

“Renovamos a nossa luta para que nossa dor e a da família de Bruno Pereira não se repitam. Como também as das famílias de outros jornalistas e defensores do meio ambiente, que seguem em risco”, completou.

Ela ainda pontuou a importância da sociedade prestar mais atenção nos cuidados com o meio ambiente. “Esse movimento mundial de solidariedade e justiça e de consciência pela conservação da natureza e dos povos que a protegem traz uma imensa esperança a todos nós, eu tenho certeza disso”, afirmou.

Por fim, ela agradeceu todas as pessoas presentes e aqueles que prestaram solidariedade de alguma forma. “Dom era uma pessoa muito especial, não apenas por defender aquilo que acreditava como profissional, mas também por ter um coração enorme e um grande amor pela humanidade. Vamos celebrar a doce memória de Dom e a sua presença em nossas vidas”, concluiu.

Dom e Bruno Pereira foram vistos pela última vez em 5 de junho, enquanto trabalhavam na região do Vale do Javari.

Os corpos foram achados no dia 15. A perícia confirmou que os dois foram mortos a tiros, com munição de caça.

Três homens foram presos por terem participado do crime. Uma quarta pessoa se apresentou em São Paulo.

A investigação segue ocorrendo para descobrir se houve algum mandante.

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