Em maio, Lídia Cristina dos Santos Cunha e Valdenice de Oliveira Meliga foram nomeadas na Alerj para trabalhar como assessoras parlamentares V do deputado estadual Flávio Bolsonaro.
“Cada uma recebe um salário líquido de R$ 5.124,62, segundo a folha de pagamento de outubro”, relata o jornalista Cássio Bruno no Dia.
Elas batem ponto na sede do diretório regional do PSL, no Recreio dos Bandeirantes.
Lídia é secretária-geral e Valdenice, tesoureira. Ou seja, recebem pela Alerj para militar para o partido.
Valdenice, a Val, aparece no site do TSE como autora de uma doação de R$ 5 mil para Flávio Bolsonaro, metido no imbroglio do ex-assessor Fabrício Queiroz, pilhado no Coaf pela movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão.
Deu o que ganha.
Operações desse tipo são apelidadas de “Caixinha Eleitoral”. Tudo indica que Queiroz não é um caso isolado na carreira dos Bolsonaros.
Val é irmã dos gêmeos Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, presos em agosto na Operação Quarto Elemento, que apurou um esquema de extorsões praticado por policiais.
Eles participavam de agendas de campanha de Flávio. “Essa família é nota mil”, comentou o filho de Jair numa foto da festa de aniversário do trio em 2017.
Val também é dona da Meliga Produções e Eventos, que organiza “shows, feiras, eventos Corporativos, festas Regionais”, além de fazer “agenciamento de artistas, banda, músicos”.
Em outubro, ela foi uma das “fiscais” que Jair Bolsonaro espalhou pelo Brasil para detectar “fraudes” no processo eleitoral.
Ficou na zona em frente à Rocinha com um advogado do PSL.
À Folha de S.Paulo, afirmou “ter escutado relatos de que alguns eleitores estariam tendo os votos anulados após digitar o número de determinados candidatos”.
Era fake.
