Dono da Natura ataca Lula e é criticado por Gleisi: “Antigo é não combater a fome”

Atualizado em 4 de julho de 2022 às 23:58
Pedro Passos

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o empresário Pedro Passos, dono da Natura, nesta segunda-feira (4). Ela desaprovou os ataques promovidos pelo executivo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Pedro Passos, da Natura, que lucrou muito nos governos do PT, diz que Lula traz soluções antigas, que o novo tá na terceira via com Tebet. Esse novo deles é a ponte do Temer, que jogou o país nessa crise e é seguida por Bolsonaro. Lembrar que antigo É NÃO combater a fome e a miséria no país”, escreveu a deputada federal.

Passos deu uma entrevista ao Estadão e deixou claro que apoiará a candidatura de Simone Tebet. Na avaliação dele, é a única que pode furar uma polarização entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Eu tenho acompanhado, e participei de um jantar com Lula, e tentando extrair das próprias diretrizes do programa do PT, fico com uma sensação de que a gente está voltando ao passado, com soluções antigas para problemas novos”, comentou.

Na avaliação dele, as propostas de Lula são iguais aos das duas gestões dele (2003 a 2010), mas que o Brasil vive uma outra realidade. “Temos um cenário internacional muito mais complexo. Um país também mais complexo em termos de inflação, pobreza, etc. Sabemos que o Brasil precisa de um conjunto de reformas”, comentou.

“Estou confiante de que com a Simone a discussão vai subir a barra. Hoje, não tem discussão. Teve um encontro da CNI e o Lula não foi. Ele está numa posição muito de postura eleitoral e menos de explicitar qual é o programa. Alguns falam: não vai ser isso, na hora ‘H’ vai mudar. Eu falo: já não deu certo em 2018. Estelionato eleitoral, não vale a pena acreditar que o candidato vai mudar de postura”, acrescentou.

Por fim, ele fez uma lista de propostas de Lula que “não deram certo” no passado. “Novo regime fiscal. Ou seja, tirar o teto de gastos, mas não define qual é o novo regime, se terá outro. Reformas tributária e administrativa muito superficiais. A agenda de aumento da produtividade da economia não é prioritária. Crítica a preços de combustíveis, ‘abrasileirar os preços’. Eu gostaria que vocês me explicassem o que é isso. Não seguir o mercado internacional? Não seguir a cotação do dólar? Isso é bobagem”, completou.

Em 2002, quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso, a Natura era uma empresa de capital fechado e faturou R$ 1,4 bilhão. Em 2004, com Lula na presidência, ela abriu seu capital e faturou R$ 5,8 bilhões em 2011. Em 2015, no governo Dilma, a Natura conquistou R$ 7,8 bilhões e virou uma empresa internacional.

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