
O Porsche do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho estava a mais de 130 km/h quando atingiu o Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana (52), que morreu no acidente, segundo análise técnica feita por perito. A informação é da coluna de Paula Gama no UOL.
O relatório foi feito pela equipe do perito Rodrigo Kleinubing, especializado em análises de sinistros, que usou o software Niewtun e descobriu que o veículo estava a ao menos 132 km/h quando atingiu o veículo da vítima. O acidente ocorreu em uma via de 50 km/h na região de Tatuapé, zona leste de São Paulo.
“Esse cálculo é bem conservador, ou seja, a velocidade real pode ser maior. 132 km/h é um nível de velocidade, fisicamente falando, altíssimo, em termos de energia, força e distância de parada”, diz o especialista.

O condutor do Porsche, em depoimento à Polícia Civil, admitiu que estava acima do limite de velocidade, “mas não muito” quando bateu no Sandero. O perito afirma que a apuração da velocidade do veículo é fundamental para esclarecer as responsabilidades no acidente.
“A alta velocidade aumenta muito a gravidade do acidente, a distância de reação e de parada são muito maiores. Tornando o acidente inevitável, não permite reação nenhuma da vítima, que recebe uma carga por trás, e nem do condutor, que vai ter um tempo de reação muito reduzido”, afirma.
Na análise feita pela equipe de Kleinubing, o Porsche do empresário percorreu 3,66 metros em apenas 0,1 segundo.